Alguns filmes antigos, por mais maravilhosos que sejam, acabam sendo esquecidos ao longo do tempo e ficam sendo conhecidos pelas gerações seguintes através de suas refilmagens. Veja alguns destes casos:
1- Tarde Demais para Esquecer (An Affair to Remember, 1957)
3- Xanadu, 1980
Embora na época de seu lançamento, o filme não tenha feito tanto sucesso, hoje em dia é considerado um clássico. Estrelado por Olivia Newton-John, Michael Beck e Gene Kelly, o longa não é exatamente uma refilmagem, mas traz uma história inspirada em Quando os Deuses Amam (Down to Earth, 1947), que tem Rita Hayworth como protagonista. Compre aqui
Este, por sua vez, é uma sequência de Que Espere o Céu (Here Comes Mr. Jordan, 1941), com Robert Montgomery, Evelyn Keyes e Claude Rains nos papéis principais.
O filme de 1944 deu para Ingrid Bergman seu primeiro Oscar como melhor atriz, e contava com as atuações de Charles Boyer, Joseph Cotten e Angela Lansbury, em seu primeiro papel. O sucesso do longa foi infinitamente maior do que a versão anterior, feita em 1940, na Inglaterra, estrelada por Anton Walbrook e Diana Wynyard. A MGM, estúdio responsável por levar a trama para Hollywood, tentou destruir todas as cópias da película britânica, felizmente, sem sucesso.
Os filmes foram baseados na peça Gas Light, que estreou em Londres no dia 31 de janeiro de 1939 e em 5 de dezembro de 1941 estreou em Nova York, com o título 'Angel Street', com Vincent Price no papel do vilão.
O filme aborda o possível relacionamento homossexual entre duas professoras de uma escola para meninas, interpretadas por Audrey Hepburn e Shirley MacLaine, tendo também a presença de James Garner e Miriam Hopkins. Porém, apesar do tema ainda ser um tabu na década de 60, a primeira versão da história foi ainda mais ousada, tendo sido feita em 1936, estrelada por Miriam Hopkins, que acabou sendo convidada para participar da refilmagem, Merle Oberon e Joel McCrea.
Embora tenham o mesmo título em português, na versão original os dois longas ganharam nomes diferentes: These Three, o de 1936, e The Children's Hour, o 1961. A história foi baseada na peça de Lillian Hellman, que estreou na Broadway em 1934, e as duas versões para o cinema foram dirigidas por William Wyler. Compre aqui (1936) Compre aqui (1961)
6- Ben-Hur, 1959
Dirigido por William Wyler, a superprodução de 1959, teve o maior orçamento e os maiores cenários construídos na história do cinema até então, além de um trabalho de divulgação que custou 14,7 milhões de dólares. O longa tornou-se a segunda maior bilheteria da época, perdendo apenas para E o Vento Levou, além de ter vencido em 11 categorias do Oscar. No elenco, nomes como Charlton Heston, Jack Hawkins, Haya Harareet, Stephen Boyd e Hugh Griffith. Compre aqui
Cecil B. DeMille decidiu que este seria o filme mais grandioso já feito, sem sequer poder ser comparado com a versão anterior, de 1923, que havia sido dirigida por ele próprio. O elenco estelar contou com Charlton Heston, Yul Brynner, Anne Baxter, Vincent Price, Yvonne De Carlo, Edward G. Robinson, dentre outros. Compre aqui ou aqui
A versão de 1923 foi estrelada por Theodore Roberts e Charles de Rochefort.
Alfred Hitchcock já havia dirigido uma versão do filme, com o mesmo nome, em 1934, ainda em sua fase inglesa, porém decidiu refilmar o longa em 1956, contando com os astros James Stewart e Doris Day no elenco. A segunda versão, já em Hollywood, acabou tornando-se mais popular do que o filme da década de 30, com Peter Lorre, Leslie Banks e Edna Best. Compre dvd e blu-ray; Compre (1934).
O filme foi um grande sucesso de bilheterias, trazendo os queridinhos da América Tom Hanks e Meg Ryan juntos novamente. A história é uma adaptação da peça húngara de Miklós László, intitulada Parfumerie, de 1937, que já havia sido adaptada para o cinema no adorável, porém não tão conhecido, A Loja da Esquina (The Shop around the Corner, 1940), com James Stewart e Margaret Sullavan. Compre aqui
A loja da personagem de Meg Ryan se chama 'A loja da esquina', numa clara referência a versão anterior, como uma forma de homenagem.
Em 1949, foi feita uma versão musical, estrelada por Judy Garland e Van Johnson, intitulada A Noiva Desconhecida (In the Good Old Summertime).
10- Cleopatra, 1963
Amado por uns, odiado por outros, fato é que a superprodução de 1963 tornou-se um clássico e, apesar de ter dado prejuízo, é a versão mais famosa dentre todas as que já foram feitas. Elizabeth Taylor tornou-se ainda mais popular ao ser a primeira atriz a receber um milhão de dólares por um único filme, além de seu romance com Richard Burton ter sido notícia em todos os tabloides da época. Compre aqui
Cleopatra já havia sido retratada anteriormente algumas vezes, sendo as mais conhecidas as versões com Theda Bara, Claudette Colbert e Vivien Leigh. Veja aqui uma matéria com todos os filmes sobre a Rainha do Egito.
11- O Rei e Eu (The King and I, 1956)
O musical com Deborah Kerr, Yul Brynner e Rita Moreno foi baseado na peça da Broadway de mesmo nome, que estreou em 1951, também com Yul Brynner, que representou o papel nos palcos por 30 anos. Conta a história verídica de Anna Leonowens, que viaja ao Sião para ensinar os filhos do rei. Em 1946, foi feita uma versão baseada no livro de Margaret Landon, contando com as atuações de Rex Harrison, Irene Dunne e Linda Darnell, intitulada Anna e o Rei de Sião (Anna and the King of Siam).
Em 1999, foi feito o filme Anna e o Rei (Anna and the King), com Jodie Foster e Chow Yun-Fat.
Marcando o retorno de Judy Garland após quatro anos longe das telas e considerado por muitos seu melhor desempenho, o longa também é estrelado por James Mason, interpretando um ator decadente, papel que havia sido recusado por astros como Humphrey Bogart, Gary Cooper, Marlon Brando, Montgomery Clift e Cary Grant.
A versão anterior, realizada em 1937, tinha como estrelas Janet Gaynor e Fedric March. A história teve ainda mais uma refilmagem de sucesso, embora seja considerada a pior das três pelos críticos, com Barbra Streisand e Kris Kristofferson nos papéis principais. Assista a versão de 1937 aqui.
13- Scarface, 1983
O filme dirigido por Brian De Palma e estrelado por Al Pacino e Michelle Pfeiffer tornou-se um clássico, embora na época de seu lançamento tenha sido criticado pelo excesso de violência e palavrões.
14- Mogambo, 1953
Refilmagem de Terra de Paixões (Red Dust, 1932), o longa traz novamente Clark Gable como o protagonista da história, desta vez vivendo um triângulo amoroso com as belas Ava Gardner e Grace Kelly. Grace substituiu Gene Tierney, que havia sido a primeira escolha para integrar o elenco, porém teve que recusar o papel devido a problemas pessoais.
15- A Dama das Camélias (Camille, 1936)
Uma das produções mais luxuosas da década e um dos maiores sucessos de Greta Garbo, que brilha ao lado de Robert Taylor e Lionel Barrymore no longa dirigido por George Cukor.
O filme que deu o Oscar para Al Pacino foi baseado na versão italiana de 1974, intitulada Profumo di donna e estrelada por Vittorio Gassman.
Embora tenham roteiros bastante semelhantes, as duas versões tem finais diferentes, sendo a de 1992 mais leve.
O filme foi baseado no livro Lottie and Lisa” (Das Doppelte Lottchen), de Erich Kästner.
O aclamado musical com os astros Julie Andrews e James Garner é uma refilmagem do filme alemão Viktor und Viktoria, de 1933, estrelado por Renate Müller.
19- O Jardim Secreto (The Secret Garden, 1993)
Baseado no livro de Frances Hodgson Burnett, a versão com Kate Maberly e Heydon Prowse é hoje a mais lembrada, porém a história já havia sido adaptada anteriormente em 1949.
Chamado O Jardim Encantado, no Brasil, e conservando o título original em inglês, o longa foi protagonizado por Margaret O'Brien e Dean Stockwell, além de contar com nomes como Herbert Marshall, Elsa Lanchester e Gladys Cooper no elenco.
20- A Princesinha (The Little Princess, 1995)
Também baseado na obra de Frances Hodgson Burnett, a versão de 1995 foi bastante aclamada pela crítica. Dirigido por Alfonso Cuarón, o filme tem como protagonistas Liesel Matthews, Eleanor Bron, Liam Cunningham, e Vanessa Lee Chester e foi fortemente inspirado pela adaptação anterior.
Eu morri ao saber que Victor ou Victoria teve versões anteriores.
ResponderExcluirAdorei!!!
Também não sabia!!
ExcluirOlá, gostaria de saber como conseguir um convite para ingressar no site making, sugerido por vocês aqui nesta postagem. Antecipadamente, agradeço por uma resposta.
ResponderExcluirOla! Peço desculpas, mas não entendi.. Eu não sugeri esse site na postagem..
ExcluirMuito bom, belicismos filmes
ResponderExcluirObrigada <3
ExcluirLeo Macrey sempre achou Love Affaire superior mas não o público. Scarface primeiro foi muito famoso sim, a questão é que gente nova não conhece ai acha que o segundo rendeu mais. mas o imdb (mojo) dá toda a bilheteira com descontado a inflação do dolar. é só conferir. idem para nasce uma estrela. que na verdade foram 3. com barbra a terceira. esqueceram de filadelfia history e alta sociedade. e nasce uma estrela tem uma questão: feito por estrelas já consagradas que depois do filme acabaram. contradição.
ResponderExcluircontinuação. Não existia ainda bilheteria oficial em 37. tenho a bilheteria em dolar corrente de 54 e 76 para a star is born $4,335,968 n/a n/a n/a 9/29/1954
ExcluirA Star Is Born (1976) WB $80,000,000 n/a n/a n/a 12/19/1976. Vou no inflation calculator para ver quanto vale 4,3 de 1954 em 1976
4,3 milhões em 54 é 9,0 milhões em 76. quer dizer que o filme de Barbra rendeu muito mais. na verdade a judy garland não fez sucesso algúm.
ExcluirLove affaire está no youtube na íntegra.
ExcluirOi, Paulo, obrigada pelos comentários! =) Eu discordo quanto a questão da bilheteria ser prova de popularidade. Existem filmes extremamente famosos, como Blade Runner ou Xanadu, que foram fracassos de bilheteria na época do lançamento, mas que ganharam fama no decorrer do tempo. O mesmo acontece com diversos clássicos da literatura, que na época foram massacrados pela imprensa e desprezados pelo público, e anos depois tornaram-se leituras obrigatórias, ou pintores que enquanto vivos venderam apenas um ou dois quadros e hoje em dia são disputadíssimos. Não penso que fama seja sinônimo de qualidade, muitas das versões originais e muitas coisas pouco conhecidas são ótimas, mas o grande público desconhece. Na minha visão, a versão com Judy Garland permanece sendo a mais famosa, embora a versão da Barbra também seja conhecida, porém o caso é que a versão de 37 acabou ficando injustamente esquecida. Assim como a primeira versão de Scarface, que a grande maioria do público ignora. Quanto a Alta Sociedade e Núpcias de um escândalo, não acho que o remake tenha ficado mais famoso, acho que ambos tem uma fama semelhante, vejo como dois filmes clássicos conhecidos e com elenco de peso, mas não acho que o remake tenha superado a fama do original como os outros casos.
ExcluirNão sabia que Perfume de mulher fosse remake.
ResponderExcluirEu gosto mais do primeiro "Imitação da Vida". Acho lindíssimo" Alguém sabe se tem onde assisti-lo pela internet?
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