Muita gente acaba se prendendo excessivamente ao cinema americano e, por consequência, perde oportunidades incríveis de apreciar excelentes obras-primas feitas em outros países. É o caso da Trilogia de Apu, do grande cineasta Satyajit Ray, considerada por críticos do mundo inteiro uma das maiores realizações já feitas pelo cinema indiano.
O aclamado diretor da trilogia
Apesar do cinema indiano ser bastante associado ao estilo efusivo de Bollywood, sempre colorido e com danças, a trilogia nada tem a ver com essas características, que muitas vezes acabam deturpando a essência do cinema indiano.
O filme demorou cinco anos para ser finalizado, devido à falta de recursos financeiros, felizmente resolvidos graças ao financiamento do governo de Bengala. O sucesso decorrente do longa, fez com que o diretor se tornasse reconhecido e pudesse dar continuidade à saga de Apu e também se dedicar aos seus outros projetos.
Aparajito, em Portugal intitulado O Invencível, é o segundo filme da trilogia e foi lançado em 1956. O longa continua acompanhando a trajetória de Apu, desta vez já crescido, um adolescente que sonha em estudar e se tornar escritor, indo para Calcutá e deixando a mãe em sua cidade natal.
O terceiro e último filme recebeu o nome de O Mundo de Apu (Apur Sansar, 1959) e mostra Apu já como um homem, com os conflitos naturais da vida adulta, como a pressão da sociedade com a obrigação de se casar.
É preciso parabenizar a distribuidora Obras-Primas do Cinema pelo excelente lançamento da trilogia no Brasil, não só por trazer os filmes em si, mas pela qualidade e pelo cuidado com o material. Lançado em digistack e contendo mais de três horas de extras, incluindo entrevistas com o diretor Satyajit Ray, entrevista com os atores Soumitra Chatterjee, Sharmila Tagore e Shampa Srivastava; documentários, dentre outras coisas. Se quiser saber mais e comprar, clique aqui.
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