Para nós brasileiros, 'Uma Janela Para o Céu' remete imediatamente à sensação de estar assistindo a um filme estilo 'Sessão da Tarde'. Misturando esporte e superação, a trama tem as características típicas dos longas que costumavam ser exibidos durante as tardes na tv Globo. Contando a história real da esquiadora Jill Kinmont e sua luta para se recuperar de um acidente que quase lhe tirou a vida, a obra teve como protagonistas Marilyn Hassett e Beau Bridges,
Ambientado nos anos 50, o roteiro traz uma característica marcante encontrada em muitas produções das décadas de 70 e 80: o excesso de dramaticidade. Andando de mãos dadas com clássicos como Love Story (1970) e Laços de Ternura (Terms of Endearment, 1983), Uma Janela Para o Céu pode ser classificado como 'filme para chorar'. Sim, é um baita de um dramalhão onde, muito provavelmente, você vai olhar para a sua vida e se sentir bastante culpado por reclamar de coisas pequenas perto dos problemas enfrentados pela personagem principal. Apesar de ser basicamente uma novela mexicana, preciso confessar, eu adorei!
A história começa mostrando Jill já como uma cadeirante, indo dar aulas para crianças em uma pequena escola na sua cidade natal. Através de um flashback, começamos a conhecer sua trajetória, ainda como uma esquiadora de sucesso, que tentava conseguir uma vaga nas olimpíadas de inverno. Após uma breve decepção amorosa com Dick Buek, um rapaz conhecido por praticar esportes radicais, a moça começa a namorar um colega de equipe que sempre demonstrou interesse por ela. Sua vida parecia perfeita, tanto pessoal quanto profissionalmente. Precisando ganhar apenas um último torneiro para se classificar, ela decide arriscar em uma manobra para superar sua principal concorrente.
A partir deste momento sua vida toma um rumo completamente diferente do que ela sonhava. Durante a competição, Jill acaba sofrendo um acidente quase fatal e, como consequência, acaba ficando sem movimentos do pescoço para baixo. Após um primeiro momento de negação e esperança de voltar a andar, ela finalmente aceita sua condição e passa a se esforçar ao máximo para se recuperar da melhor maneira possível. Para isso recebe a inesperada ajuda de seu antigo amor, Dick Buek, que faz de tudo para alegra-la. Embora o destino da jovem nem sempre lhe reserve coisas boas (muito pelo contrário), ela continua encarando seus desafios de cabeça erguida e fazendo o melhor que pode para contribuir de maneira positiva para o mundo. E é justamente nas crianças que ela acaba encontrando forças para seguir em frente.
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Um pouco sobre a verdadeira Jill
A partir deste ponto, vou falar um pouco sobre elementos reais da vida de Jill, o que revelará pontos importantes do enredo. Se você não assistiu ainda o filme, pare de ler aqui.
Jill Kinmont ao lado da atriz Marilyn Hassett
Jill após seu acidente
Em seu estúdio
Amei a historia da vida dela
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