Certa vez, uma leitora do blog escreveu que as matérias estavam parecendo da Revista Caras, já que em um intervalo pequeno postei fotos das casas de Jayne Mansfield e Sophia Loren. Confesso que achei bem engraçada esta colocação pois, de fato, casas, arquitetura e decoração são assuntos que eu gosto muito e, sempre que possível, tento trazer aqui pro blog combinando com o tema 'cinema clássico'. Hoje, a proposta é listar 5 propriedades que se tornaram icônicas, seja pela fama de seus moradores, seja por acontecimentos trágicos de que foram palco. Confira abaixo essa pequena lista:
Graceland
A propriedade originalmente pertencia a Stephen C. Toof, fundador da S.C. Toof & Co, a mais antiga gráfica comercial de Memphis. Foi nomeada Graceland Farms em homenagem à sua filha Grace, que herdou a fazenda do pai em 1894. Após sua morte, sua sobrinha Ruth Moore, uma socialite local, tornou-se a dona das terras e construiu em 1939 a proeminente mansão em estilo colonial. Elvis Presley, em crescente popularidade, estava a procura de uma casa que remetesse a uma fazenda e que ficasse mais afastada da cidade. Ele comprou Graceland em 19 de março de 1957, pelo valor de $ 102.500. Com 1630.6 m², localizada em 3764 Elvis Presley Blvd, Memphis, Tennessee, tem um total de 23 quartos, incluindo o famoso 'Jungle Room', uma quadra de raquetebol, um jardim de meditação, além do lendário portão de ferro com notas musicais. Com a morte de Elvis, em 1977, a propriedade passou a ser legalmente de sua filha, Lisa Marie Presley. Começou a ser aberta ao público em 7 de junho de 1982, sendo a segunda casa mais visitada dos EUA, com mais de 650.000 visitantes por ano, perdendo apenas para a Casa Branca.
Pickfair
'Entre as celebridades que cintilavam espetacularmente, nenhuma era mais respeitada que a família real, extra-oficial de Hollywood, o rei e a rainha do mundo do cinema, escolhidos pela publicidade, Douglas Fairbanks e Mary Pickford. Um convite para Pickfair, como era conhecida a mansão deles, era universalmente reconhecido como a única indicação legítima de que alguém finalmente alcalçara a aceitação em Hollywood'. O trecho foi extraído do infame livro de Christina Crawford, 'Mamãezinha Querida', e mostra com exatidão a grandiosidade, muito além de seus 18 acres, que a propriedade representava no decorrer da década de 1920. Inicialmente um chalé de caça localizado na 1143 Summit Drive em San Ysidro Canyon em Beverly Hills, foi reformada pelo célebre casal, sendo transformada em uma suntuosa mansão de quatro andares, contendo 25 quartos e com direito a uma quadra de tênis. Além dos grandes nomes do cinema, como Charlie Chaplin e Lillian Gish, algumas das ilustres visitas dos lendários jantares incluíam Amelia Earhart, F. Scott Fitzgerald, Arthur Conan Doyle e Thomas Edison. Após o divórcio de Pickford e Fairbanks, em 1936, a casa ficou em poder da atriz, que lá morou até sua morte em 1979. Durante a década de 80, a propriedade foi vendida para Jerry Buss e depois para a atriz italiana Pia Zadora, em 1988. Para o choque de todos, Zadora optou por demolir a mansão e construir um palácio estilo veneziano no lugar. Diante das críticas, ela se defendeu, alegando que havia cupins e que a estrutura estaria em péssimo estado de conservação. Em 2012, no entanto, ela participou do programa 'Celebrity Ghost Stories' e revelou que o real motivo da demolição era porque a casa era assombrada por uma mulher gargalhando, supostamente uma antiga amante de Fairbanks, e que não poderia lidar com o sobrenatural. Atualmente, apenas algumas áreas, como os portões e a piscina, são originais.
A fama da propriedade construída nas montanhas de Santa Mônica veio das páginas policiais, devido a enorme repercussão do brutal assassinato da atriz Sharon Tate pelos membros do culto de Charles Manson, em 1969. A mansão estilo fazenda pertenceu inicialmente à atriz francesa Michèle Morgan, que mandou construí-la em 1942, com a obra sendo concluída dois anos depois. Com o final da Segunda Guerra, Morgan decidiu abandonar Hollywood, onde sua carreira não tinha sido como esperava, e retornar à sua terra natal. A casa, cujo terreno era plano e continha uma residência principal e uma de hóspedes, foi então vendida ao Dr. Hartley Dewey, que chegou a aluga-la para Lillian Gish, durante as filmagens de 'Duelo ao Sol' (Duel in the Sun, 1946). Algum tempo depois, a propriedade foi vendida novamente, desta vez para o empresário artístico Rudolph Altobelli, que por sua vez alugou a casa para diversos atores, incluindo Cary Grant, Henry Fonda e Olivia Hussey. De 1966 até o início de 1969, o imóvel foi ocupado pelo produtor musical Terry Melcher (filho de Doris Day) e sua namorada Candice Bergen. Charles Manson chegou a fazer uma breve visita na casa um ano antes do casal se mudar. Roman Polanski e Sharon Tate se mudaram para a residência em fevereiro de 1969. Apenas alguns meses depois, no dia 9 de agosto deste mesmo ano, os seguidores de Manson invadiram a propriedade e mataram a atriz, grávida de nove meses, e seus amigos Wojciech Frykowski, Abigail Folger, Jay Sebring e Steven Parent. Polanski encontrava-se na Europa, a trabalho. Acredita-se que o alvo real de Manson era Terry Melcher, que havia se negado a contrata-lo como músico. Após o crime, Altobelli se mudou para a casa, onde residiu até 1988. O último residente da mansão original foi Trent Reznor, integrante da banda Nine Inch Nails, que chegou a montar um estúdio no local. A casa foi demolida em 1994, sendo construida uma nova mansão, em estilo mediterrâneo, chamada de Villa Bella.
O Palácio Rosa
Antes de Jayne Mansfield, a propriedade em estilo mediterrâneo pertencia ao músico Rudy Vallée. Localizada na 10100 Sunset Boulevard, Holmby Hills, Los Angeles, a mansão foi comprada pela loira em 1957, pouco antes de seu casamento com Mickey Hargitay. A atriz, conhecida por sua extravagância, mandou pintar todo o exterior de rosa, cercando com luzes desta mesma cor. O banheiro de sua suíte, forrado com pele também cor de rosa, possuía uma banheira em formato de coração, modelo este que também tinha sua piscina, construída por seu amado, com os dizeres 'I love you Jaynie' no centro. Incrivelmente, ela pagou apenas uma parte da decoração da casa, recebendo gratuitamente a maioria dos móveis e materiais de construção, após escrever para empresas solicitando amostras. Após sua trágica morte, em 1967, a mansão foi vendida, tendo célebres moradores como Ringo Starr, que relatou algumas experiências sobrenaturais, e Engelbert Humperdinck, que a vendeu novamente em 2002. A casa foi demolida neste mesmo ano. (Confira fotos de seu interior aqui)
Localizado no sofisticado Upper West Side, em Manhattan, Nova York, o edifício foi adicionado ao Registro Nacional de Locais Históricos dos EUA. Para muitos o lugar adquiriu uma atmosfera lúgubre, não só por sua arquitetura, como também pelo assassinato de John Lennon, ocorrido no arco do prédio, em 1980, e por ter servido como locação externa para o longa 'O Bebê de Rosemary' (Rosemary's Baby, 1968). Entretanto, a valorização dos imóveis continua em alta, sendo cobiçados por inúmeras figuras conceituadas. Mas se engana quem pensa que basta apenas ter dinheiro sobrando ou ser famoso para morar no Dakota! É preciso também ser aprovado pelo conselho administrativo, que chegou a negar nomes como o do ex-casal Melanie Griffith e Antonio Banderas, além dos músicos Gene Simmons, Billy Joel, Madonna, Cher e Carly Simon. Dentre os muitos artistas que residiram no prédio estão Lauren Bacall, Lillian Gish, Judy Garland, Rudolf Nureyev, Boris Karloff e Jack Palance, dentre vários outros. O edifício foi construído entre outubro de 1880 e outubro de 1884, pela empresa de arquitetura de Henry Janeway Hardenbergh. Originalmente, o Dakota tinha 65 apartamentos com quatro a 20 quartos, não havendo dois apartamentos iguais. Atualmente, após uma reforma, possui 94 apartamentos.
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